adeus... até breve

Ontem tive saudades dos meses de trabalho de campo e de observação participante. Por isso convidei o Miguel R., o Zé Luís e o Afonso para um jantar lá em casa…

Preparada a “pasta” o jantar correu animado com as histórias de sempre… a boa disposição do casalinho e a o riso do Miguel fazem-me bem…
Preciso desta boa disposição para sobreviver aos dias de escrita…

Terminado o jantar fomos até ao Quebra Costas que como habitual no Verão tinha fados… o local estava cheio de turistas… o fado corria as ruas e enchia o silencio das ruas da alta da cidade…



Enquanto os meus observados conversavam animados dentro do bar… eu resolvi ouvir o fado! Senado num canto junto à porta do Quebra olhei para a Rua de Sobre-Ripas, para os seus candeeiros, para a minha antiga casa…
Voei… sonhei com a “minha cidade”, essa aeminiumqueer… sonhei com os olhares abichanados da cidade… desta cidade que amo…

Hoje sei que o meu trabalho de campo nesta fase terminou… e talvez ontem tenha sido exactamente o tempo desse fim…
Entretanto escrevo sobre essa cidade que fui (re)descobrindo ao longo deste ano… escrevo sobre os olhares, os discursos dos homossexuais desta cidade e apaixonado por ela… sinto-me feliz…

Até breve… voltarei um dia!

o vazio das ruas

Sinto que neste momento a minha cidade – aeminiumqueer – está vazia… saíram todos ninguém está cá e eu sinto que esse vazio da minha cidade me está pouco a pouco a afectar a mim também…



As ruas vazias, sem som, sem pessoas soam a estranho… soam a “não-cidade”
Escrevo… tenho escrito… muito…. mas sinto o vazio da cidade…
Coimbra é um vazio!