Um engate?
Também ontem depois da conversa com o Dimitri… resolvi continua a passear-me na baixa… ninguém conhecido. Nadá de especial se passa… vejo a montra da livraria Almedina… alimento a paixão pelos livros. São 13 horas e vejo um jovem com cerca de 25 anos (?), magro, olhos castanhos esverdeados, vidrados… demasiado vidrados!
Sigo pela rua Ferreira Borges e dirijo-me para as ruelas estreitas da “baixinha”.
Reparo que quase imperceptível, ele segue-me. Continuo a andar, a ver montras, mas com o "olhar de esguelha", lá reparo no jovem a mexer ostensivamente na “mala”… aparentemente está semi-excitado. Continuo a andar. O meu interesse por estas situações leva-me a olhar um pouco mais ostensivamente para ele… sei que esse é o caminho para conseguir falar com ele.
Ando por mais uma rua - a dos Sapateiros – e ele continua a seguir-me até que quebra o gelo fino – “o espectro mudo do engate”, diria Al Berto – e mete conversa comigo! A conversa decorreu na normalidade do engate, coisa feitas da (homo)sexualidade em Coimbra.
Perguntou-me ostensivamente se “curtia com gajos”, ao que respondi um semi-assustado “sim!”. Ofereceu-se para termos relações sexuais… por 20 euros. Seguiram-se um rol de afirmações de heterossexualidade, nomeadamente a de que o “sexo com gajos” é um modo de libertar tensões… e de conseguir umas "massas"!
Disse-lhe que não me interessava... que nunca o faria por dinheiro e propus-me ir embora… algum receio levava-me a ter cuidado. Encaminhei-me para Praça 8 de Maio e a conversa continuou centrada na vontade que ele expressava de ter sexo. Tinha quarto para onde irmos… não tinha sexo há mais um mês… que já não queria o dinheiro…
Disse-lhe que não e dirigi-me para casa.
Nas coisas do meu quotidiano de observação da comunidade homossexual em Coimbra fica a ironia de um tentativa de engate por um prostituto – um falso prostituto -. Não esperava isto… e pergunto-me que significado terá este tipo de encontro e vivência urbana na Baixa da cidade? E pergunto-me que significado terá este tipo de encontros nas identidades homossexuais?
Sigo pela rua Ferreira Borges e dirijo-me para as ruelas estreitas da “baixinha”.
Reparo que quase imperceptível, ele segue-me. Continuo a andar, a ver montras, mas com o "olhar de esguelha", lá reparo no jovem a mexer ostensivamente na “mala”… aparentemente está semi-excitado. Continuo a andar. O meu interesse por estas situações leva-me a olhar um pouco mais ostensivamente para ele… sei que esse é o caminho para conseguir falar com ele.
Ando por mais uma rua - a dos Sapateiros – e ele continua a seguir-me até que quebra o gelo fino – “o espectro mudo do engate”, diria Al Berto – e mete conversa comigo! A conversa decorreu na normalidade do engate, coisa feitas da (homo)sexualidade em Coimbra.
Perguntou-me ostensivamente se “curtia com gajos”, ao que respondi um semi-assustado “sim!”. Ofereceu-se para termos relações sexuais… por 20 euros. Seguiram-se um rol de afirmações de heterossexualidade, nomeadamente a de que o “sexo com gajos” é um modo de libertar tensões… e de conseguir umas "massas"!
Disse-lhe que não me interessava... que nunca o faria por dinheiro e propus-me ir embora… algum receio levava-me a ter cuidado. Encaminhei-me para Praça 8 de Maio e a conversa continuou centrada na vontade que ele expressava de ter sexo. Tinha quarto para onde irmos… não tinha sexo há mais um mês… que já não queria o dinheiro…
Disse-lhe que não e dirigi-me para casa.
Nas coisas do meu quotidiano de observação da comunidade homossexual em Coimbra fica a ironia de um tentativa de engate por um prostituto – um falso prostituto -. Não esperava isto… e pergunto-me que significado terá este tipo de encontro e vivência urbana na Baixa da cidade? E pergunto-me que significado terá este tipo de encontros nas identidades homossexuais?