Monday, July 11, 2005

uma carta

Caro Paulo,

Certamente não se lembrará de mim, uma vez que fomos apresentados no Pride de Lisboa há 3 anos e não nos voltámos a encontrar depois disso.
Tenho seguido atentamente os seus blogs, pelos quais o felicito, e - com efeito - partilho do sentimento (que creio ser comum à comunidade homossexual da região centro) de que faltam locais assumidamente gay em Coimbra.
Em pesquisa também por sites da Rede Ex-Aequo (à qual não pertenço por ter já wxcedido a idade... Estou já nos quarenta...!) vi referidos bares como o Pitchclub, o Moelas Bar, o Piano Negro, o Santa Clara Galeria Bar, o Cartola, o Tropical e o Café da Praça Verde, sendo mais frequentados pela nossa comunidade o Quebra Costas e o Shmoo Café.
Embora natural de Coimbra e trabalhando aí, resido na Figueira da Foz há mais de 11 anos, pelo que - dos sítios referidos - apenas conheço o Galeria Bar, o Cartola e o Tropical, para além do "imortal" Quebra Costas.
Na Figueira existiu em tempos o Bar La Belle Époque, que frequentei várias vezes com a minha Mulher, até fechar, uma vez que o dono optou por ficar com um Restaurante na Costa de Lavos e passar o Bar, que - tanto quanto sei - continua fechado... Nesta zona, para a comunidade gay (e aqui essencialmente para homens) subsiste a praia da Cova, junto ao Parque de Campismo da Orbitur, na Gala, e nada mais.
Confesso que, se me desloco muitas vezes a Leiria, ao Porto e até a Lisboa, certamente que - se houvesse locais assumidamente gay em Coimbra ou arredores - mais facilmente me deslocaria aí, como outras pessoas residentes na Figueira, Aveiro, etc.
Embora em Coimbra só haja locais "gay friendly" era bom que os mesmos fossem divulgados continuando-se na esperança de que, em breve, possamos contar com um bar ou discoteca voltado para a nossa comunidade... Fica a esperança!
A verdade é que o assumir, em parte, é ajudado por esses locais, e isso facilitaria a "abertura" das mentalidades de uma cidade que se arvora em universitária e, consequentemente, deveria ser aberta...!
Confesso que na Figueira (teoricamente uma cidade mais "provinciana"..., mas que - felizmente - é mais aberta de mentalidades, talvez pela afluência de turistas) ando de mão dada e abraçada na rua com a minha Mulher e somente uma vez se ouviu um comentário de um idoso que, além do mais, vinha já bastante "regado"...! De resto, nunca fui (fomos) discriminada(s) ou "olhada(s) de lado". Penso que o assumir é um passo importantíssimo para a mudança de mentalidades!
Mais uma vez, parabéns pelo seu trabalho!
Ao dispor,
Maria Duarte

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